Sentir, pensar e agir.

Sentir, pensar e agir.

Em nenhum outro momento da minha existência estive tão propenso a perceber outras possibilidades de Ser diferentes das citadas acima.

Desde que me conheço por gente venho seguindo, ou melhor, existindo nesse modo de ser.

Meus sentimentos são ambíguos, portanto vivem colocando minha mente, ou, modos de pensar em situações duais.

Ciclos marcados nitidamente pela percepção temporal de começo, meio e fim.

Quando nos reduzimos, ou condicionamos nossa percepção sensorial a perceber o tempo de forma cronológica, criamos uma ilusória construção, ou significado sobre o Ser e a realidade.

Da mesma forma reduzimos o Ser ao que a percepção pode captar em relação a nossa materialidade, sempre temporal.

Eternas inter-relações entre espaço e tempo, reducionismos abstratos criados pela insanamente.

Compreender tal movimento abre portas para outros modos de Ser, outras possibilidades existenciais.

Situadas além das ambiguidades e dualidades geradas pelo nosso aparato bio-sensorial-psíquico-mental, “Antahkarana”.

Para mim  o caminho tem sido seguido como uma possibilidade de superação, indo além do que imagino poder realizar.

Um desafio infinitamente, surpreendentemente, idilicamente, francamente, devotadamente, deliciosamente, completamente imersamente centrado na percepção da unicidade.

Todos somos um, Deus, a única possibilidade de Ser, em tudo, em todos, o ser e o não-ser, todas as dualidades manifestadas, até onde a imaginação consegue ir, além disso, também.

Toda manifestação do universo está contida em Deus, se inicia e retorna para esse núcleo, ou melhor, em nós mesmos.

Nossa consciência individual contida na infinita consciência cósmica, universal, Deus se assim preferir.

Pode parecer impossível, ou mesmo lorota, mas é possível ir além de nós mesmos, podemos construir e desconstruir, pensamentos, sentimentos, entre outros.

Nós somos uma manifestação divina, passível de autoconhecimento, imanência e transcendência.

O mistério reside enquanto nos situamos nas diversidades emanadas pela mente, mas quando unidos ao todo esse mistério se desfaz.

A mente cessa o movimento de produção de pensamentos e abrimos as portas para o transcendente, indo além das dualidades.

Quando manifestamos a divindade oculta pelas ilusões espaço-temporais nos transformamos plenamente.

Para isso acontecer a consciência tem que se libertar dos condicionamentos gerados pela percepção e a mente que mente.

O caminho que tenho seguido privilegia a meditação e a recitação de mantras que possibilitam níveis de consciência diferenciados.

Orar para Deus é um remédio, a proteção para o meu Ser, é uma forma de manifestar a divindade que habita em mim.

Tem sido uma experiência singular e surpreendentemente prazerosa e transformadora.

Hoje percebo que existem múltiplas formas para a personalidade, ou melhor, algo dinâmico, mutável.

Nesse ponto posso dizer que a personalidade se desfaz e refaz a cada momento.

Portanto, não posso reduzir o Ser ao que a minha personalidade produz, pois sou muito mais que essa manifestação temporal.

O que tem sido maravilhoso é que cada dia reconheço a divindade que se manifesta no Ser.

Esse tem sido o verdadeiro modo de Ser, de existir na plenitude, reconhecendo o que está além da personalidade.

Isso possibilita o apaziguamento das divergências, dualidades e ambiguidades geradas pelo aparato bio-sensorial-psíquico-mental.

Dessa forma, o viver tem se tornado tranquilo, sereno, feliz, infinitamente positivo.

O movimento entre sentir, pensar e agir cada vez mais supera os condicionamentos, apegos, ilusões momentâneas.

Revelando que não existe condição ou limitação que não possa ser superada, assim vou além de mim mesmo.

Om Namah Shivaia!